– Ouvi um barulho – disse a mulher levantando-se da cama.
– Que barulho? – quis saber o homem ainda deitado.
– Meu marido – espantou-se a mulher. – Você precisa se esconder.
– Mas eu...
– Você não entende? Se ele encontrar a gente aqui ele nos matar. Ele é muito violento. Nunca me perdoaria.
O homem tentou argumentar:
– Escuta, eu acho...
– Acha que consegue se esconder no armário? – interrompeu-o a mulher. – Talvez não. Meu marido vive dizendo que eu tenho roupas demais. E se você pulasse a janela?
– Ficou louca? Nós estamos no décimo terceiro andar!
– Meu amor, não é hora de você ter esse tipo de superstiçãozinha boba, né?
– Ei! – chamou o homem, aparentemente irritado.
– O que foi? – perguntou a mulher
– Eu sou o seu marido.
Silêncio. A mulher olhou desconfiada para o homem. Sentou-se na cama. Momento constrangedor. Deitou-se e virou-se para o lado. Não tocaram no assunto por um tempo até o marido perguntar, com certa satisfação na voz:
– Acha mesmo que sou violento?
Roberto Nato
Hã?! Faltou uma NOTA ao fim d texto: "escrito após minha primeira experiência com um baseado"...
ResponderExcluirParece aquelas piadas da revista "Playboy" que eu nunca entendo! Ou nunca leio, porque ficam longe do meio da revista!
ResponderExcluirHahaha... Sensacional! O marido pouco se importa com a situação, mas sim com o fato dele ser violento ou não. Acho que foi essa a ideia do texto! Se não foi, aqui fica a minha interpretação. Rs. =)
ResponderExcluir